Senado aprova cota de 50% nas universidades federais
O projeto aprovado pelo Senado combina cota racial e social. As vagas reservadas serão preenchidas de acordo com a proporção de negros, pardos e índios na população de cada unidade da federação onde está instalada a instituição de ensino, de acordo com censo do IBGE de 2010. As demais cotas serão distribuídas entre os outros alunos que cursaram o ensino médio em escola pública.
De acordo com a proposta, no mínimo metade das vagas reservadas (25% do total de vagas) deverão ser destinadas a estudantes de escola pública oriundos de famílias com renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita.
As universidades deverão selecionar os alunos de instituições públicas com base no coeficiente de rendimento. O texto diz ainda que 50% das vagas em instituições técnicas federais deverão ser preenchidas por quem cursou o ensino fundamental em escolas públicas. Também neste caso, metade da cota será destinada a alunos advindos de famílias de baixa renda.
A proposta exige que as instituições ofereçam pelo menos 25% da reserva de vagas prevista na lei a cada ano, a partir de sua publicação no Diário Oficial, e terão prazo de quatro anos para o cumprimento integral das novas regras.
Discussão
Durante a discussão da matéria nesta terça, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) considerou a proposta como uma “violência à autonomia das universidades”. #“Ele [projeto] impõe uma camisa de forças para todas as universidades brasileiras#, disse o senador Nunes, que se manifestou e votou contra.
Relator do projeto, Paulo Paim (PT-SP) afirmou que muitas universidades já estão se adaptando. #Quem é negro sabe o quanto o preconceito é forte neste país. A rejeição deste projeto é dizer que nós não queremos que negro, pobre e índio tenham acesso a universidade#, disse.
A senadora Ana Rita (PT-ES) afirmou que a proposta “faz justiça social”. #Dos 100% de alunos de uma universidade, 50% é de livre concorrência. Os outros 50% é de oriundos de escola pública#.
O senador Pedro Taques (PDT-MT), também defendeu a aprovação do projeto. #O que nos falta é o reconhecimento deste preconceito, sim. Quantos negros, ao entrarem numa loja, recebem um olhar diferente? Nós precisamos resolver isto com iniciativas como estas#, disse o senador.
Tramitação
O projeto foi proposto em 2008 no Senado, foi alterado na Câmara e voltou para análise dos senadores. Na Câmara, os deputados ampliaram os critérios para as reservas, que se limitavam à origem racial na proposta original. A proposta ganhou força novamente no fim do segundo semestre deste ano. Pouco antes do recesso, líderes fizeram acordo para votação na volta dos trabalhos.
Na tarde desta terça, o relator do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS), e representantes de movimentos sociais estiveram reunidos com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pedindo que a matéria fosse colocada em votação ainda nesta terça.
Questionado sobre o assunto, o presidente do Senado manifestou apoio ao projeto. #Eu apoio totalmente esta iniciativa. Comigo, você não têm de ter nunca nenhuma preocupação. Eu, estando aqui, sempre ajudarei a avançar nesta questão# disse Sarney.
Sarney recebeu das mãos de Mário Theodoro, secretário-executivo da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, uma moção de apoio pela aprovação da proposta. #É fundamental que tenhamos as cotas#, defendeu o secretário.
Fonte:G1
SAIBA COMO FAZER UMA PÓS GRADUAÇÃO GRÁTIS
Inscrições para o Enem 2013 estão abertas; cadastro vai até 27/5
Locais de prova do Vestibular 2013/1 da UFT estão disponíveis
10 maneiras de utilizar o Twitter para escrever uma redação
Alto nível de exigência em redação do Enem derruba nota dos estudantes.
Lista de universidade com dicas para evitar estupro causa polêmica nos EUA
Professor se despe e mostra imagens nazistas em universidade
Transexuais exigem poder usar saias em universidades tailandesas